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Prisão preventiva para os três militares da GNR e os três civis detidos em Portalegre

Foto: DN

O Tribunal de Instrução Criminal de Évora determinou esta quinta-feira a prisão preventiva dos três militares da GNR e dos três civis detidos, na zona de Portalegre, por suspeitas da prática do crime de corrupção.

Notícia JN
A medida de coação mais gravosa foi aplicada aos seis arguidos pela secção de instrução criminal do Tribunal de Évora, após primeiro interrogatório judicial, anunciou o tribunal.
Entre os três militares da GNR contam-se um oficial, que desempenhava funções no Comando Territorial de Portalegre, sendo os outros dois guardas, um do Destacamento de Trânsito de Portalegre e outro do Destacamento de Acção Fiscal de Évora.
Num comunicado distribuído aos jornalistas, o tribunal refere que os três militares da GNR e os três civis foram detidos no âmbito de um inquérito de finais de 2014, tendo as detenções ocorrido em simultâneo com a realização de cerca de 60 diligências de busca.
Os três militares, indica o tribunal, são suspeitos da prática de favorecimento, proteção e omissão de fiscalização de condutas ilícitas em atividades comerciais e industriais, mediante vantagens pecuniárias e em produtos diversos.
À saída do tribunal, Diogo Caeiro, advogado do oficial da GNR, limitou-se a dizer aos jornalistas que não estava satisfeito com a medida de coação aplicada ao seu cliente e que tinha "muito trabalho pela frente".
Também em declarações aos jornalistas no final do interrogatório judicial, Emília Antunes, advogada de um dos civis, escusou-se a dizer se já esperava a prisão preventiva como medida de coação, realçando que a decisão "depende da ponderação de cada juiz".
"Já vi [pessoas com] crimes gravíssimos irem para casa e haver crimes leves como este ficarem detidos", afirmou, considerando que "da parte de alguns" detidos são crimes leves.
Segundo a GNR, as detenções foram efetuadas, na terça-feira, na zona de Portalegre, no Alto Alentejo, na sequência de uma "investigação conduzida exclusivamente" pela Guarda, através da Unidade de Ação Fiscal, e coordenada pelo Ministério Público, por intermédio do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a GNR adianta que, além do processo criminal, vai ser ainda aberto "o competente procedimento disciplinar" aos militares envolvidos.

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