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Capela dos Ossos de Campo Maior encontra-se encerrada ao público, Município tenta reabrir

A Capela dos Ossos, também conhecida como Capela das Almas, em Campo Maior, encontra-se actualmente encerrada ao público.
De acordo com informações de Ricardo Pinheiro, Presidente da Câmara Municipal.o Município de Campo Maior vai iniciar um conjunto de reuniões com a Fábrica da Igreja, no sentido de abrir este monumento ao público em geral 
O autarca lembrou que existem duas Capelas dos Ossos em Portugal, a de Évora e a de Campo Maior, e vai tentar colocar este monumento na rota dos turistas com o objectivo de desenvolver as atracções turísticas do concelho.
A Capela dos Ossos de Campo Maior é a segunda maior capela de ossos portuguesa, a seguir à da Igreja de São Francisco de Évora. Em 1766, a Capela foi construída após a destruição da cidadela com uma explosão num paiol. Foi uma tragédia onde faleceu mais de dois terços da população em 1732. O interior da capela é totalmente revestido com as ossadas das vítimas desta tragédia, sendo o pavimento já do século XX.
No sítio oficial do Município de Campo Maior pode ficar a conhecer toda a história e descrição deste espaço, conforme publicamos aqui.

Imagens da Capela dos Ossos de Campo Maior


História/Descrição da Capela dos Ossos de Campo Maior

Telefone: 268 686 168

Instituição Responsável
Diocese de Évora

Capela dos Ossos / Capela das Almas

IPA
Monumento

NºIPA
1204010014

Designação
Capela dos Ossos / Capela das Almas

Localização
Portalegre, Campo Maior, Nossa Senhora da Expectação 

Acesso
Lg. Dr. Regala

Protecção
Incluído na Zona de Protecção da Igreja Matriz ( v. 1204010005 )

Enquadramento
Urbano, meia-encosta. Em pleno centro histórico, abre para o largo calcetado da Igreja Matriz ( v. 1204010005 ) que lhe fica O., fronteira à sua fachada lateral esquerda; constitui o piso térreo de edifício paroquial adossado à Matriz, de planta rectangular e dois pisos, com fachadas caiadas e relevadas de estuques, ao nível das vergas e parapeito das janelas de vergas contrscurvadas sobrepujadas de frontões recortados; o edifício apresenta cobertura homogénea em telhado de 2 águas que marcas a empena dos alçados menores. A E. ficam a Praça da República ( v. 1204010028 ), o Pelourinho ( v. 1204010001 ) e os Paços Municipais ( v. 1204010020 ).

Descrição
Planta longitudinal simples. Fachada principal a S., de dois registos definidos por moldura envolvente e pano único delimitado por pilastras de alvenaria muito pouco salientes com mísulas relevadas de estuques marcando os diferentes registos; inferiormente rasgam-se duas portas, à esquerda, de vergas rectas e molduras de alvenaria e, à direita, uma janela, gradeada, de verga curva sobrepujada por frontão de estuques desehando ornatos vegetalistas e no vértice uma flor de liz; entre a verga e o frontão a inscrição pintada " CAPELA DOS OSSOS - 1766 "; superiormente rasgam-se ao nivel da cornija de remate três janelas de vergas curvas e intradorso moldurado, a central mais estreita, com molduras de alvenaria, parapeitos salientes e frontões contracurvados com tímpanos decorados no centro de elmentos vegetalistas em estuque; entre a a moldura que define os dois registos da fachada e os parapeitos das janelas desehan-se em estuque três cartelas quadragulares relevadas. Fachafa lateral E. com disposição idêntica de registos e panos, tendo no registo inferior três janelas, duas delas ( as da esquerda ) entaipadas e a terceira semi-entaipada; possuem molduras de alvenaria e vergas curvas ( excepto a terceira de verga recta ) com marcação da chave em ornato de estuque; a janela central tem frontão de estuque de ornatos vegetalistas; no registo superior rasgam-se 5 janelas idênticas às da fachada principal, as dos extremos entaipadas. Fachada O. e N. adossadas. INTERIOR: o acesso é feita por porta travessa a O..Nave única com cobertura em abóbada de aresta de nervuras, de dois tramos, de perfil abatido; arco toral descarregando sobre pilastras pavimento cerâmico firmando padrão geométrico polícromo, verde, amarelo, vermelho e vermelho sangue de boi. Alçados, cobertura e elementos estruturais totalmente revestidos a ossadas e crânios; embasamento envolvente saliente revestido por crânios. Alçados laterais de dois panos definidos pela pilastra do arco toral; do lado do Evangelho no 1º tramo retábulo desenhado pela disposição horizontal das ossadas intervaladas de crânios que formam o arco da verga do nicho no qual se insere um esqueleto; no 2º tramo a porta de acesso com ombreiras totalmente revestidas de ossadas e 4 degraus; do lado da Epístola dois retábulos semelhantes. Altar-mor com frontal revestido de caveiras expondo-se num nicho envidraçado um crucifixo; na parede oposta rasga-se janelão axial com ombreiras e verga em capialço revestidas de ossadas e desenhando inscrições.

Utilização Inicial
Cultual: capela de ossos

Utilização Actual
Cultural: capela de ossos

Propriedade
Privada: Igreja Católica

Época de Construção
Séc. XVIII

Cronologia
1732, 16 Setembro - explosão do paiol do Castelo ( v. 1204030002 ) ficando este e a Vila severamente danificados; 1766 - construção da Capela com ossadas de cerca de 800 das vítimas da explosão; Séc. 20 - colocação de pavimento.

Tipologia
Arquitectura religiosa, barroca. Capela de ossos, dedicada às Almas do Purgatório, de nave única com entrada travessa, cobertura em abóbada de nervuras disposta em dois tramos e iluminada por janelão frente ao altar-mor. Teatralização da morte característica do período pós-tridentino, afirmando o dogma da existência do Purgatório. Filia-se no tipo da capela dos Ossos de São Francisco de Évora ( 0705210017 ) com explorando as potencialidades decorativas e espaciais das ossadas.

Características Particulares
É a segunda maior capela de ossos portuguesa, a seguir a da Igreja de São Francisco de Évora (0705210017). Memória do acontecimento trágico que vitimou c. de 2/3 da população da vila e que ainda hoje, ao contrário da maioria das suas congéneres, move fiéis.

Dados Técnicos
Paredes autoportantes

Materiais
Alvenaria rebocada e caiada, ossos, tijoleira.

Bibliografia
VELOSO, Carlos, As Capelas de Ossos em Portugal. "Speculum mortis" no espectáculo do Barroco, Coimbra, Minerva, 1993; MATOS, Jorge Manuel Marques de, Igrejas e Capelas de Campo Maior, Campo Maior, Paróquia de Campo Maior, 1995.

Intervenção Realizada
Paróquia de Campo Maior: Séc. 20 - colocação de pavimento.

Autor e Data
Helena Mantas e Marta Gama 2002 / Rosário Gordalina 2004

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